terça-feira, 27 de dezembro de 2011

eu

Tenho alguns defeitos bem irritantes, mas também tenho algumas virtudes bastante interessantes.
Amorosa  encontra partida a ira que se instala em mim quando vejo maldade com os indefesos.
Benevolente com os erros alheios, mas critica de mais comigo mesma.
Carinhosa com a fragilidade, dura com as dificuldades.
Dedicada em tudo que me proponho.
Encantada com a arte de viver, mas desconfiada com as arestas deixadas pelas injustiças do mundo.
Feliz pelas vitórias e inconformada com as derrotas.
Generosa com os necessitados, mas reticente com os abastados  avarentos.
Honesta, porem às vezes vislumbrada com os  feitos desta honradez.
Iluminada entre as sombras da vaidade.
Juventude encravada no velho coração.
Livre no pensamento e tão cativa das próprias cobranças.
Mediadora das próprias fragilidades.
Nuances vibrantes das guerras travadas contra mim mesma...
Orgulho do que faço de bom e vergonha dos meus defeitos.
Paixão em todas as atitudes grandiosas.
Querência pelos irmãos de caminhada.
Romântica e às vezes tão magoada com a vida...
Solidária e cobradora dos impostos da vivência.
Terna com os frágeis, áspera com os prepotentes, quase esquecendo que isso é prepotência.
Única nas falhas e par das boas concretizações...
Vitoriosa.
(X)mistério.
Zelosa com o próximo e  relapsa com minhas necessidades .
Marilda Amaral 

posseira



Posseira.

Absorve  meus pronomes
Alimenta-se de meu sotaque
Mas uma coisa não faz.
Não vive a plenitude da minha ânsia...
Pois durmo com um dos olhos abertos,
Mirando o que tenho e o que de ti não invejo.
Pois sou dona da coragem
E tu és proprietária da falta de ânimo.
Sou a locatária dos sonhos,
Enquanto  tu é a proprietária do maior de todos os pesadelos
“a invídia”...
Setembro/2007
[Marilda Amaral]

domingo, 25 de dezembro de 2011


Eu vejo muito mais rapidamente o encanto da tua  alma do que enxergo a beleza dos teus olhos.
[Marilda Amaral]



Amo-te pelo jeito firme de dizer não, deixando que o sim transpareça com nitidez.
[Marilda Amaral]

domingo, 18 de dezembro de 2011

esboço...


                                                       creia,,,
Existem homens que são paródias da realidade.
Afirmam a covardia alheia,
Mas cuja pusilanimidade
Os guarda no fundo do baú da casualidade.
Marilda Amaral

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ao amigo Celso...



As vestes puídas do pobre homem,
Denotavam que muito mais que pobre,
Era abandonando pela auto-estima...
O orgulho o abandonara  na primeira fase da vida,
Quando descobriu que não tinha origem...
A perseverança lhe disse não,
Quando descobriu que não tinha aprendido a soletrar o próprio nome.
O trabalho não era uma de suas prioridades,
Ser pedinte era menos cansativo,
Apesar de deprimente,
Pois nem sempre o próximo é tão próximo assim.
O amor era ação cinematográfica,
Longe da sua realidade...
Da mulher pouco sabia, nem a progenitora conhecera.
Seus irmãos eram cães vadios, que não se importavam
De dividir as migalhas da miséria.
O frio não era um companheiro tão presente,
Pois corpos peludos de amigos caninos agasalhavam sua pobreza...
Tinha por coberta a irracionalidade,
Por comida, os restos
E por dignidade a certeza que o amanhã era inevitável
Pobre homem viu os anos passarem sem vergonha nenhuma de ser ninguém,
Mas no fim de sua vida,
Ainda com idade pouca,
Conheceu-me quase que sem querer
E eu ensinei pra ele o pouco que sabia.
Que ser homem é bem mais do que ter algo, vir de onde ou ser de alguém...
Ser homem é ser imagem e semelhança de Deus
E para isso basta encontrar seus iguais
E eu estive lá na sua partida
Peguei sua mão e disse que
Precisa-se acima de tudo ser guerreiro.
E ele acreditou partindo tão sereno para o mundo
Do desconhecido...
E eu estou aqui orando para que encontre vida plena.
Até um dia amigo Celso.
Nascido em 05/1956 e falecido em 11/2011
[Marilda Amaral]

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

é tão triste

É triste a constatação do pobre
Que do amor alheio faz chacota,
Mas muito pior
Quando ele toma por seu
Aquilo que de outrem pertence.
Pobre ser aflito
Que busca em vão a segurança
Que não tem,
Pois antes de ser forte é a fragilidade esboçada
Numa vaga performance do patético prepotente.
[Marilda Amaral]

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Olhe só que loucura:
 Sou brilho que
não apaga
Sou música que não se cala
Sou força que não desanima
Coragem que não cessa apesar de tudo...
Enquanto você meu amor:
É a noite que me acalenta,
O silêncio que me tranqüiliza,
A indiferença que me amadurece,
A paz do meu viver...
Mas cuidado sou senhora dos desvios,
Um dia te alcanço
E faço de ti
Um homem feliz.
[Marilda Amaral] 

capacidade....

Nada me faz desistir, sou poço que não seca...
Minha capacidade  de buscar os sentimentos no mar das palavras
É uma avalanche de emoções nada dispersas...
Eu as aglutino na boca do coração, órgão capaz de digeri-las sem timidez.
Tenho um Vesúvio ativo  em  meu sentir,
Onde o rio de lavras incandescentes,
São capazes de consumir toda a tua solidão
E transformar teu eu em meu ser.
[Marilda Amaral] 

domingo, 27 de novembro de 2011

Hoje meu amor....

Hoje meu amor amanheceu um pouco mais rico,
Porém bem mais tímido,
Seu alarde foi incisivo,
Acordou a vizinhança...
Ele é tão só meu que resolvi
Embalá-lo  em papel de seda azul
E guardá-lo durante um tempo dentro da gaveta funda do meu coração...
Quem sabe saia de lá menos barulhento, mais maduro ou quem sabe morra sufocado.
[Marilda Amaral]

sábado, 26 de novembro de 2011

Obelisco de sentimentos atrozes,
Que marca um tempo de sofrer
Onde o indicador maior da apoteose
Da amargura,
Foi à traição que sofri.
Obelisco de emoções falidas,
De desagregação do afeto.
Ai de ti que mentor dos desmandos,
Hoje sofres o maior dos martírios,
A morte em vida de todo o bem que tive.
Hoje sou o obelisco que marca com o vazio
Do meu coração
A traição que a tua dose de amor pouco impingiu.
[Marilda Amaral]

sábado, 19 de novembro de 2011

Índole...

Entre a paz e a rebeldia dorme minha índole...
Sou uma espécie rara de erva fina,
Onde a acidez adorna o doce, para que não me torne
Nada insossa...
Procura me completar com a criatividade
Do bem sentir,
Você é aquilo que chamo de rico
Tem ouro na expressão,
Porcelana fina na delicadeza
Certo bronze sensual de peça antiga...
Te amo pela esquiva da tua inteligência
Que aborda a minha com cruel
Acúmen ...
Fale alto, alcance meu entender,
E continuemos esse corpo a corpo apaixonado.
 (Marilda Amaral)

   

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um novo apreço me toca a alma,
É uma espécie de loucura sana,
De verdade caluniosa,
De querer com desprezo,
De estar não ficando...
É uma trajetória perene
Em caminho exaurível.
Tu és minha certeza insensível
Minha poesia perdida,
Minha música silenciosa
Meu toque intangível.
Meu antônimo de vida
Minha queda livre,
Precipício entre vales fundos
De sentimentos profundos...
Zona abissal do meu âmago profundo
Onde luto entre o bem e o mal
E pereço inerte num amor sem futuro.
[Marilda Amaral]



sábado, 12 de novembro de 2011

meu dia



Hoje o dia amanheceu mais antigo
Com peso de anos transcorridos
De experiências vividas...
E nada parece feio,
Tudo é tão novo,
Tudo é tão mais luminoso
Acho que meu olhar ficou mais benevolente,
Pois vi no espelho uma beleza madura refletida,
Não enxerguei as rugas,
Pois  o sorriso estava tão largo
Que camuflou  as linhas enfadonhas ...
Minha mãe dizia
Que a lua era cheia no dia  que nasci,
O sol era minguante,
Pois nuvens rosadas tinham amenizado
A fonte magnética do astro rei ...
Dizem que não chorei,
Que gritei forte
Uma espécie de grito de guerra,
Talvez soubesse o que o mundo me destinara,,,
Mas nada me deteve,
O abandono foi bondoso,
Pois me deu por mãe a fada que me esculpiu a alma...
O medo deu lugar à vontade de vencer
Todas as minhas fragilidades.
E este dia passou a ser
Aquele em que o mundo era quadjuvantes
E eu o epicentro dos acontecimentos.
E em cada amo vesti o personagem que mais aprovei..
Fui fada,
Madrinha,
Tia e dindinha
E  hoje no alto da torre da maturidade sou a balança
Do meu próprio equilíbrio.
Hoje estou feliz, pois faço 59 anos de evolução.
[Marilda Amaral]

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

flores azuis....

Somos duas flores que no espelho d’água
Saboreiam gotas de chuva...
Nosso desempenho azul
Denota nossa  pureza em ver a vida
De forma totalmente nossa.
Amar é a forma azul de ver a vida...
Ah! Uma vida nada obtusa
Torna-se  quando a gente se dá ao luxo
De ser tocada pela sensibilidade
E tocar com frenesi  o coração poético dos pares
Compatíveis.
Quem disse que amar é ter o contato carnal...
Platônico sentir é a generosidade de mãos dadas com o altruísmo.
[marilda Amaral]

Marilda Amaral





VAGALUME







Conta  a lenda que uma  vez uma serpente começou  a perseguir um vaga-lume.  

Este fugia rápido da  feroz predadora, e a  serpente não desistia.

 Primeiro  dia , ela o seguia.

Segundo dia ,ela  o seguia...

No terceiro  dia, já sem forças,  o vaga-lume parou e  falou á serpente :

-Posso te fazer três perguntas?


-  Não estou acostumada  a Dar este precedente  a ninguém porém como  vou te devorar, podes   perguntar. - Contestou  a serpente !!
 
-   Pertenço a tua  cadeia alimentícia ?  Perguntou o Vaga lume.
 
·         Não, respondeu a serpente.

·         -   Eu te fiz algum  mal ? Diz o vaga-lume.
-  Não. Tornou a responder  a serpente. 
·         Então  por que queres acabar  comigo ???
-  Porque não suporto  ver-te brilhar.

Conclusões


Muitas  vezes nos envolvemos  em situações nas quais  nos perguntamos: 
Por  que isso me acontece  se não fiz nada  de mal , nem causei  dano a ninguém?

Certamente  a resposta seria :  Porque não suportam  ver-te  brilhar.. !


Quando  isso acontecer, não  deixe diminuir seu brilho.

Continue  sendo você mesmo,!  Segue fazendo o melhor!  

Não permita que te  lastimem, nem que te  retardem. 

Segue brilhando  e não poderão tocar-te...  Porque tua luz continuará  intacta.


Tua  essência permanecerá, aconteça  o que acontecer...


Seja  sempre autêntico, embora tua luz incomode  os predadores.!!

 
Se  recebeste esta mensagem,  significa que quem   enviou te considera  uma pessoa brilhante! 



 Um ser humano  cheio de qualidades  e que sobretudo és  LUZ para todos que  te rodeiam.
 

Tenham um dia de muito brilho!!!!!
[desconhecido]

sábado, 5 de novembro de 2011

LIBRAS(Língua Brasileira dos Sinais)



Um dia vi um ondular de mãos
Nem imaginava o que era...
Dois homens gesticulavam ao sabor
Da pantomima
Pensava eu, ignóbil ouvinte sem tato.
E a curiosidade subjugou a ignorância
E o conhecimento substituiu a curiosidade.
Conheci um mundo livre onde o silêncio fala,
Uma cultura nova, onde minha poesia teve
Que criar asas para alcançar tanta
Rapidez no pensar...
Descobri que também existe música
Na batuta do maestro
E dela não sai nenhum som.
Ai de mim pobre ouvinte
Que na ânsia de aprender
Tropeço nas mãos,
Mas felizmente recebo teu carinho
Quando aprendo contigo
Uma nova língua,
Onde um punho fechado
Em círculos apertados no coração
Quer dizer saudade.
Isso é bom aprendi LIBRAS.
[Marilda Amaral]

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MEU QUARTO, MEU SONO

                                                                                     

Ainda é cedo e o sono toma conta do meu ser.
A luz do entardecer  banha indolente,
O espaço vazio entre a solidão e meus sonhos.
Ai...  de mim mulher sofrida
 Com pena da dor sua,
Que não lastima.
Nem dia nem noite,
Somente o brilho das minhas lutas
Contra o dia inglório que a noite devassa..
[Marilda Amaral]  

A VIDA É UMA FESTA...




A vida é uma festa,

apesar de tantos acidentes de percurso,

Ela é um tango bem marcado

Uma valsa rodopiada

Um bolero com achego...

Ah...esta vida é uma festa,

Não importa

Que o salto do sapato quebre,

Que a namorada do namorado dê flagrante,

Que mamãe contrariada apareça nesse instante...

Assim mesmo a vida é uma festa.

Se do lado de fora do salão

Eu vir um perigo eminente,

Não importa, a vida continua uma festa,

Pense bem pelo inicio, se fosse algo diferente,

Qual seria o sentido, se a vida não fosse,

para ser uma festa...

Você nasce, nem sempre bem nascido,

Mas mesmo assim é festa,

Pois poderá fazer longa e feliz jornada...

Na trajetória haverá mil percalços, mas assim mesmo

Transforme ... Faça disso uma festa...

Veja pelo lado do amor,

Nem sempre é um parceiro verdadeiro,

Mas enquanto existe ele é uma festa,

Ele faz sentirmos o nervoso da espera do altar,

Ele nos faz ter as dores do parto,

E sentir o tesão pela vida

Enfim ele também faz parte da festa...

Quando se percebe já se passaram sessenta anos,

A barriguinha já cresceu, a flacidez se instalou de vereda

Mas se o sorriso não cessou, se a alegria não abandonou o salão...

Então a vida continua uma grande festa!!!

BEIJOS DA

Marilda Amaral, uma festeira em plantão permanente.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

o banco solitário

                                                                                     


O banco solitário

Nem velho nem novo
Estou aqui quase em prantos...
Afinal o verão passou,
O plátano se despe,
Os pássaros se despedem...
O outono chegou,
Prenúncio do frio que virá...
E eu tão sem jeito aqui sozinho,
Espero dois corpos quentinhos
Para em silêncio  testemunhar,
Uma jura que se fará verdade
Quando a primavera voltar.
[Marilda Amaral]

terça-feira, 9 de agosto de 2011



Meu pai tinha a grandeza dos fortes,
pois sempre se identificou com os humildes ...
Acredito piamente que o céu seja sua morada,
pois ele foi meu anjo na terra e nunca se apartou das minhas lembranças.
Meu pai vive em mim e faz parte do meu presente,
em cada boa atitude que tenho,
porque ele é minha inspiração em cada vitória...
Ele viverá em minha descendência, não pela genética, mas pelo exemplo de hombridade.
Franklin e seu nome e "Amor" sua alcunha.
[marilda amaral]

terça-feira, 21 de junho de 2011




Amizade é investida companheira
Que dá vida a vida, a vida inteira...
Amizade investida companheira
Que refaz as madrugadas 
Repassando  o passado
Resgatando mil pedaços 
Do descaso toda a beira.
Ah... Amizade investida companheira...
Que sufoca minhas dores
Que desfaz meus mil amores
Desta vida derradeira.
Poetisa comparte das dores,
Delirante por amores 
Que se fizeram companheiros....
Hoje soletrando minha rima, faço dela minha esgrima,
Do sentir e do saber...
Resumo minha criação
Numa linda constatação
Que de amor nada sobrou
Apenas amizade investida companheira.

[Marilda Amaral]