terça-feira, 21 de junho de 2011




Amizade é investida companheira
Que dá vida a vida, a vida inteira...
Amizade investida companheira
Que refaz as madrugadas 
Repassando  o passado
Resgatando mil pedaços 
Do descaso toda a beira.
Ah... Amizade investida companheira...
Que sufoca minhas dores
Que desfaz meus mil amores
Desta vida derradeira.
Poetisa comparte das dores,
Delirante por amores 
Que se fizeram companheiros....
Hoje soletrando minha rima, faço dela minha esgrima,
Do sentir e do saber...
Resumo minha criação
Numa linda constatação
Que de amor nada sobrou
Apenas amizade investida companheira.

[Marilda Amaral]

sábado, 18 de junho de 2011

quase saudade...

Facilmente me perco na lembrança de você,
Freqüentemente me encontro em devaneios...
E neste leque de possibilidades se encontra
A pouca sorte de pouco ter te visto.
Não sonho com a beleza rara, nem tampouco,

Com riqueza infinda...
Me solto em quimeras livres,
Flutuo em espaços vagos.
Onde moram sem preconceitos os sonhos
E as mágoas.
Não importa que não me vejas,
Não repudio por minh’alma teu desleixo,
Pois tal incúria me revela
Teus mais profundos ensejos
De em minha vida repousar
Toda a vida que em tua vida vejo...
[Marilda Amaral]

o que restou...


Veja em mim
O muito que me deixaste,
Uma solidão companheira....
[Marilda Amaral]



terça-feira, 7 de junho de 2011

Amor é fogo que arde sem se v



(Luís de Camões)

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões (1524-1580)

domingo, 5 de junho de 2011

Ao meu amor verdadeiro....

Colori minha estrada com as cores do jardim,
Eram cores muito vivas,
Cores vividas em mim.
Eram lápis de mil cores
Cores pintadas a fins
De buscar no teu sorriso
Cores  vividas em mim.
[marilda amaral]

pés de Maria....

Pisa forte na terra fria
Pés incandescentes de Maria,
Enquanto a outra sorria ela ria...
Porque a terra se mantém  fria.

Oh... Terra gélida, pobre terra fria,
Que não reconhece o amor de Maria
Seus pés quentes aquecem a superfície fria,
Enquanto outros pés gélidos tocam
A pobre fria terra de Maria. 
[marilda amaral]