domingo, 22 de maio de 2011

poesia...


Poesia confusão da alma,
Quando se encontra com a razão
Porque uma perde a calma
E a outra o coração...
Deleita os sonhos na palma
Aberta da nobre mão,
Pois só o poeta acalma
A alma regida pela paixão.

[Marilda Amaral]

sábado, 7 de maio de 2011







Minha mãe...



Tão pouco de ti lembro
De ti quase nada ficou,
A não ser aquele setembro
Que você na casa 
De minha fada deixou.
Não guardo nenhuma tristeza 
Nem tampouco nenhum rancor,
Apenas tenho certeza
Que por ti tenho amor.
Hoje de você lembro
E peço a Deus com fervor,
Que em algum dia de setembro
Me recebas no céu com calor.

Beijos da Marilda ainda tua filha...






quinta-feira, 5 de maio de 2011

sou apenas uma mulher...






SOU APENAS UMA MULHER...


Que vive fazendo de conta,
Buscando as tontas
O desvelo de alguém inerte
Na ante-sala da vida,
Olhando furtivamente
A porta que dá para saída...
E eu entre a vontade de ir,
E o desejo de ficar
Torno-me incoerente,
Torno-me confidente
E enfim noto que de guerreira,
Só tenho a coragem,
Porque as vitórias são apenas
Investidas, meras bobagens!!!!
[Marilda Amaral].

meu grande homem...





O grande homem é silenciosamente bom...
É genial - mas não exibe gênio ...
É poderoso - mas não ostenta poder ...
Socorre a todos - sem precipitação ...
É puro - mas não vocifera contra os impuros ...
Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo ...
Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido...
Domina - mas sem insolência ...
É humilde - mas sem servilismo ...
Fala a grandes distâncias - mas sem gritar ...
Ama - sem se oferecer ...
Faz bem a todos - antes que se perceba ...
Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguém ...
Abre largos espaços - sem arrombar portas ...
Entra no coração humano - sem saber como ...
É como o Sol - assaz poderoso para sustentar um sistema planetário e,assaz delicado para beijar uma pétala de flor ...
Assim é, e assim age o homem verdadeiramente grande - porque é instrumento nas mãos de Deus.

Assim é vc.
[Marilda Amaral] 

escolha...




Existem em ti duas vertentes do amor
Uma que te segura entre o céu e a terra
E a outra que te faz decolar além da luz...
Sou a brilhante luz que cega teus sentidos,
Que confunde teus ouvidos
Que te faz crer no impossível,
Que te faz ir a mundos desconhecidos...
Sou a bruxa da história que te fez querer o intangível.
Ah...pobre amor que entre enganos e desenganos
Faz-se perpétuo  da retidão,
Mantém-me cativa do pecado,
Por querer tanto ter você,
Enquanto já a muito não me pertences...
[Marilda Amaral]

Rio Grande do Sul...


Abre-se a campina
A luz dos trigais
Pontuando ao longe
A sombra das araucárias
E eu estátua inerte do sul
Observo as vinhas
Dispostas
De forma romântica entre o poente e o mar....
Ai de mim alma nua
Que se veste da verdade
Cresce na decência gaúcha
Com plena capacidade.
[Marilda Amaral]




calma...


A estrada é longa,
O caminho incerto,
Mas mesmo assim
Tenho me mantido
De forma perene.
Afinal de nada adianta
Tentar correr
O tempo faz seu trabalho
De forma quase imperceptível.
Quase nem senti ele passar,
Às vezes percebo que a jornada,
Há pouco começou
E de repente quase consigo
Deslumbrar a linha de chegada,
Estacionamento perpétuo do céu...
Que estranha existência tenho
Fui protagonista de várias peças,
Onde quase nunca fui quadjuvante,
Pois hora vivi comédias hilárias,
Em outros momentos dramas
Com sórdidos enredos,
Mas uma coisa é certa
Em todas elas fui sempre muito
Talentosa, nunca desisti de representar
Bem meu papel e de respeitar o enredo
Proposto pelo diretor UNIVERSAL.
Ele fez de mim protagonista hábil,
Fez-me  vivenciar histórias com enredos consistentes,
Onde povoadas de mocinhos e bandidos,
Transformaram-me numa diva do meu tempo,
Senhora absoluta do meu espaço....



meu RS





Abre-se a campina
A luz dos trigais
Pontuando ao longe
A sombra das araucárias
E eu estátua inerte do sul
Observo as vinhas
Dispostas
De forma romântica entre o poente e o mar....
Ai de mim alma nua
Que se veste da verdade
Cresce na decência gaúcha
Com plena capacidade.
[Marilda Amaral]





Força de uma raça,
Que vincula a coragem
Na alegria de viver...
Sou parte desta verdade,
Sou parte da engrenagem
Que é a realidade dita.
Oh... povo de força e luta
De coragem no viver
Sou parte deste povo
Sou guerreira até morrer.

terça-feira, 3 de maio de 2011



“Revendo posturas do passado e tentando retomar uma caminhada ímpar, pois a felicidade está no que você é e não no que você tem.”






                   “Amo minha vida além das promessas feitas.”




[Marilda Amaral]

Loucura




Minha eterna Loucura...
Faz tuas mãos navegarem
Em minha nau profana...
Busca-me em teu mar lascivo...
Mergulha em meu desejo...
Sinta meu corpo
Em toda sua ânsia...
Veja minha boca,
Que sedenta busca,
A rigidez de tua carne
E encontra a tua fome
Por minha vergonha.
Na alcova de desesperado cio...
Sinto os lençóis quentes
Pela luta insana vivida.
Rasgada minha roupa visto,
Vendo tua pele arranhada
Pelas unhas, eu insisto,
Em ver-te calmo,
Entregue, prostrado...
Em cima de meus desejos!!!!

        Ao homem que foi capaz de me fazer conhecer as delicias do céu e provar as agruras do inferno.
Meu marido e companheiro há 36 anos Janei.


                 [Marilda Amaral]

Minha filha....


Minha filha...




Existe no sopé da montanha
Uma ninfa a se espelhar,
Nas águas límpidas dos sonhos                     
De seu eterno descortinar.
São desejos da fartura
De amor e se amar,
Fui à bruxa da história
Fiz a pobre ninfa chorar,
Pois não sou uma boa mãe
Apesar de muito tentar!
Perdoe-me, minha doce ninfa...
Por este fracasso no tentar,
Tentei tanto em te ver
Que empanei o teu enxergar.
Mas vou te dizer sem medo
Meu desespero em te embalar,
É que você é minha filha
Minha suprema razão de amar.

[Marilda Amaral]












minha visão...



Existe entre o norte e o sul
Um ponto visível no mapa do meu coração,
Existe de forma escandalosa,
É uma montanha de sentimentos,
Que nutro por ti....
Ah...amor de minha vida,
Historia mais querida,
Com entonação tão mal escrita.
Eu vivo entre um ponto e outro do tempo,
Observo tua chegada,
Porém o que realmente tenho,
É a visão lúdica
Da tua partida.
Te amo.
[Marilda Amaral] 

Gosto de ver tua criatividade
Desenvolta em poemas e canções...
Quanta verdade, quanta maldade,
Você me faz...
Ai meu doce menino de grande coração,
Que vê meu caminho, segue minhas pisadas,
Toca minhas marcas e me faz estigmatizada...
Olho pra longe, tento te ver...
Olho para perto na esperança de não te perder.
Ah...Meu doce menino vem pra mim!
Não, pois acho que você veio de mim...
Nasceu de meus sonhos.
[Marilda Amral]

Meu caminho...


A estrada é longa,
O caminho incerto,
Mas mesmo assim
Tenho me mantido
De forma perene.
Afinal de nada adianta
Tentar correr
O tempo faz seu trabalho
De forma quase imperceptível.
Quase nem senti ele passar,
Às vezes percebo que a jornada,
Há pouco começou
E de repente quase consigo
Deslumbrar a linha de chegada,
Estacionamento perpétuo do céu...
Que estranha existência tenho
Fui protagonista de várias peças,
Onde quase nunca fui quadjuvante,
Pois hora vivi comédias hilárias,
Em outros momentos dramas
Com sórdidos enredos,
Mas uma coisa é certa
Em todas elas fui sempre muito
Talentosa, nunca desisti de representar
Bem meu papel e de respeitar o enredo
Proposto pelo diretor UNIVERSAL.
Ele fez de mim protagonista hábil,
Fez-me  vivenciar histórias com enredos consistentes,
Onde povoadas de mocinhos e bandidos,
Transformaram-me numa diva do meu tempo,
Senhora absoluta do meu espaço....
[Marilda Amaral]

   

domingo, 1 de maio de 2011

PAI








Dia 2 de maio não foi o mais feliz de minha vida a vinte e três anos atrás, pois perdi alguém que fez a diferença em minha vida. Foi um homem maravilhoso, que me deu tudo o que de melhor tenho. Me ensinou princípios de dignidade, me ensinou que não chega somente ser progenitor é preciso amar e para isso não precisa registro genético.

FRANKLIN

Lamento tristemente
O dia que você partiu,
Pro outro lado da vida
Meu coração se feriu.
Feriu-se de tanta saudade
Que mal posso falar
Desta triste vontade
De com você eu estar.
Meu pai querido amigo
A mim Deus te ofertou
Pena não estar comigo
Mas contigo meu amor ficou.
Querido um dia te vejo
No céu feliz a sorrir
Espero merecer o ensejo
Deste dia que está por vir...
Pai eu te amo!
[Marilda Amaral]




TEIMOSIA

Teimosia


Escrever  é o ópio, que vicia e torna a vida estranhamente vazia, se privada deste voraz vício.
Fico pensando sobre o que escrever se poesias, contos, crônicas ou ainda simples reflexões de meus dias.
Existem pessoas que dizem que escrever para mim, não é nada normal, pois além de aspecto de mulher burra, não sou uma leitora, nem mesmo de gibi.
Tenho que concordar, é um vício meio excêntrico para alguém como eu.
mas meu blog estará também voltado para o auxilio de estudantes que como eu, vivem  atrapalhados  com seus estudos, então resolvi que entre uma poesia e outra,  um conto e outro, farei uma pesquisa voltada para a arte, seja ela qual for,...Beijos amados.

folclore...



                                         

                                 O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

CAIPORA





É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caçador que mate por prazer. É muito poderoso e forte.
Seus pés voltados para trás serve para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos demônios, a que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante". Os índios, para lhe agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e cobertores.
De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com Ele.

Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Mãe do Mato, Caiçara, Caapora, Anhangá, etc.

Origem Provável: É oriundo da Mitologia Tupi, e os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando da época do descobrimento, depois tornou-se comum em todo País, sendo junto com o Saci, os campeões de popularidade. Entre o Tupis-Guaranis, existia uma outra variedade de Caipora, chamada Anhangá, um ser maligno que causava doenças ou matava os índios. Existem entidades semelhantes entre quase todos os indígenas das Américas Latina e Central. Em El Salvador, El Cipitío, é um espírito tanto da floresta quanto urbano, que também tem as mesmos atributos do Caipora. Ou seja pés invertidos, capacidade de desorientar as pessoas, etc. Mas, este El Cipitío, gosta mesmo é de seduzir as mulheres.
Conforme a região, ele pode ser uma mulher de uma perna só que anda pulando, ou uma criança de um pé só, redondo, ou um homem gigante montado num porco do mato, e seguido por um cachorro chamado Papa-mel.

Também, dizem que ele tem o poder de ressuscitar animais mortos e que ele é o pai do moleque Saci Pererê.
Há uma versão que diz que o Caipora, como castigo, transforma os filhos e mulher do caçador mau, em caça, para que este os mate sem saber

papa figo







                                                 Papa figo
O Papa Figo, ao contrário dos outros mitos, não tem aparência extraordinária. Parece mais com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um velho esquisito que carrega um grande saco às costas.
Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes em busca de suas vítimas. Os ajudantes por sua vez, usam de todos os artifícios para atrair as vítimas, todas crianças claro, tais como; distribuir presentes, doces, dinheiro, brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer lugar público ou em portas de escolas, parques, ou mesmo locais desertos.

Depois de atrair as vítimas, estas são levadas para o verdadeiro Papa-Figo, um sujeito estranho, que sofre de uma doença rara e sem cura. Um sintoma dessa doença seria o crescimento anormal de suas orelhas.

Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrível doença ou maldição, o Papa-Figo, precisa se alimentar do Fígado de uma criança. Feito a extração do fígado, eles costumam deixar junto com a vítima, uma grande quantia em dinheiro, que é para o enterro e também para compensar a família.
Origem: Mito muito comum em todo meio rural. Acredita-se que a intenção do conto era para alertar as crianças para o contato com estranhos, como no conto de Chapeuzinho Vermelho. 

  

SACI-PERERÊ




Saci Pererê
A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno.
É uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê cujo assobio melancólico dificilmente se sabe de onde vem.
Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele não atravessa córregos nem riachos. Alguém perseguido por ele, deve jogar cordas com nós em sem caminho que ele vai parar para desatar os nós, deixando que a pessoa fuja.
Diz a lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo, e se conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de um desejo.
Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, etc.

Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do Século XIX, em Minas e São Paulo, mas em Portugal há relatos de uma entidade semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial.

Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas.

Também de acordo com a região, ele sofre algumas modificações:


Por exemplo, dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros dizem que ele faz isso com uma moeda.
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai.
Dizem também que ele, na verdade eles, um bando de Sacis, costumam se reunir à noite para planejarem as travessuras que vão fazer. 

Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.

vitória- régia

Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse.
E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.
A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

Origem: Indígena. Para eles assim nasceu a vitória-régia.

COBRA GRANDE


É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio. Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irmã era muito perversa. Prejudicava os outros animais e também às pessoas.
Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.
Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento na cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro.
Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra com sua família. 


Origem: Mito da região Norte do Brasil, Pará e Amazonas.

Mula sem cabeça / Iara


Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado.
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga, para sempre
Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabeça, Padre-sem-cabeça, Malora (México),

Origem Provável: É um mito que já existia no Brasil colônia. Apesar de ser comum em todo Brasil, variando um pouco entre as regiões, é um mito muito forte entre Goiás e Mato Grosso. Mesmo assim não é exclusivo do Brasil, existindo versões muito semelhantes em alguns países Hispânicos.

Conforme a região, a forma de quebrar o encanto da Mula, pode variar. Há casos onde para evitar que sua amante pegue a maldição, o padre deve excomungá-la antes de celebrar a missa. Também, basta um leve ferimento feito com alfinete ou outro objeto, o importante é que saia sangue, para que o encanto se quebre. Assim, a Mula se transforma outra vez em mulher e aparece completamente nua. Em Santa Catarina, para saber se uma mulher é amante do Padre, lança-se ao fogo um ovo enrolado em fita com o nome dela, e se o ovo cozer e a fita não queimar, ela é.

É importante notar que também, algumas vezes, o próprio Padre é que é amaldiçoado. Nesse caso ele vira um Padre-sem-Cabeça, e sai assustando as pessoas, ora a pé, ora montado em um cavalo do outro mundo. Há uma lenda Norte americana, O Cavaleiro sem Cabeça, que lembra muito esta variação.

Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz branca gravada no pelo. Pode ou não ter cabeça, mas o que se sabe de concreto é que a Mula, é mesmo uma amante de Padre.
  









Os cronistas dos séculos XVI e XVII registraram essa história. No princípio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Todo pescador brasileiro, de água doce ou salgada, conta histórias de moços que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram afogados de paixão. Ela deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. Surge magnífica à flor das águas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vítimas.
Quando a Mãe das águas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o índio Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu. Não saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo.
Uiara já o esperava cantando a música das núpcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no chão das águas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na semana seguinte a insaciável Uiara voltou para levar outra vítima. 


Origem: Européia com versões dos Indígenas, da Amazônia.