sábado, 30 de abril de 2011

Balança, treme. 
oscila, diversifica, 
mas segue torto.
Eu te ponho vertical em minha vida,
Amor obsceno , 
quase morto...
Mas deitada ...
vejo no horizonte a tua ida...
[marilda amaral]

presente de um amigo


M eio menina, meio mulher,
 nsia louca no céu de minha boca
R efúgio de meus desejos,
I ncrível matriz da força,
L asciva e tão pura
D iva em teus dias
A mor nos meus dias .

A rpão de vivacidade que corta os ares do sul.
M aternidade latente em seio de delicia.
A mores e cores na vida de teus senhores
R ecomeço certo, desistência esquecida.
A lforge de paixão e prazeres.
L inda é você minha querida.
[Guilherme Souza]

Sou mulher de guerra, sou mulher de luta...
Busco nas metáforas resolução para os meus enigmas...
Sou calma...
Sou trauma...
Sou permuta...
Não esmoreço na paz, muito menos na luta!
[Marilda Amaral]

Colori minha estrada com as cores do jardim,
Eram cores muito vivas,
Cores vividas em mim.
Eram lápis de mil cores
Cores pintadas a fins
De buscar no teu sorriso
As cores vividas em mim.
[Marilda Amaral]

clausura...




Enclausurada a vida no aquário denso,

Refaz o caminho com trabalho lento,
Satisfaz o sentido com olhar tenso
E dando sentido... Lendo!!!
[Marilda Amaral]


SONHO...




É NOITE CINGE MINHA SOLIDÃO
TUA ABRUPTA PRESENÇA .
CINGE MEUS DESEJOS,
VOCÊ VEM DE FORMA SORRATEIRA,
ATINGE-ME DE FORMA
QUASE MORTAL.

ESTOU PLÁCIDA NO MEU SONO TRANQÜILO.
DEITA-SE A MEU LADO... TUA LEMBRANÇA,
ACORDA-ME DE FORMA ESCANDALOSA.
APALPANDO MEUS DESEJOS,
FACILITANDO MEUS ENSEJOS.

QUE PRETEXTO FRÁGIL ,
PERCORRO MEU CORPO,
COM O TOQUE DO BANDIDO,
QUE TÃO COVARDEMENTE
A MIM SÓ DEIXOU
A VONTADE DE TÊ-LO
E COM ELE LEVOU A VOLÚPIA DA MINHA VERGONHA. 

( Marilda amaral )

DESPERTAR...



Desperta a pobre vida
No fim de sua jornada,
Buscando em plena ida
A alegria de ser amada.

Estando aqui tão perdida,
Com alma inteira rasgada,
Pela tristeza contida
Pelo sofrer castigada.

Sou EU esta vida perdida,
Querendo só ser amada
Encontrei-te na vida falida,
Estou no fim da minha estrada...

( Marilda Amaral ) 

mãe**




Mãe


Mãe eu te amo...
Pela opção que fizeste quando ninguém me queria...
Mãe eu te agradeço pela vida que não me destes,
Mas conservastes...
Mãe eu te sinto,
Mesmo estando do lado vivo
Do meu mundo morto,
Pois estás no lado de Deus.
Mãe obrigada pelo tempo gasto
Com quem gastou tanto do teu....
Mãe fez de mim um ser diferenciado no momento,
Que me ensinastes a ser gente...
Mas apesar de tudo isso...
Agradeço a mãe que não me quis pois,
Apesar da não me querer...
Deu-me a vida...
Apesar de não conservá-la,
Não me abortou...
Apesar de não me orientar jamais,
Não me serviu de mau exemplo...
Apesar de não me amar eu te tenho grande AMOR
Porque hoje eu também sou mãe.
[Marilda Amaral]







IGOR...




IGOR MEU DOCE GUERREIRO

QUE SEGUE A TRILHA,
TAL QUAL FORASTEIRO...
SEGURA MINHA MÃO,
LEVA-ME A MUNDOS INCRÍVEIS...
FALA-ME DE FADAS, DUENDES E NINJAS...
DIZ QUE SOU FORTE: RAINHA GUERREIRA,
QUE DELE SOU MÃE E FIEL ESCUDEIRA...
QUE SOU QUEM PROTEGE...
SOU QUEM CANTA,
QUEM  TOCA,
E QUEM REGE,
SUA ORQUESTRA É SINFÔNICA...
HARMÔNICA E TÃO LINDA
E NUNCA IRÔNICA...

minha loucura...





Abre-se em desmandos a sanidade,
Quando em loucuras versejo o amor.
Busco em ti a verdade,
Quando na vida procuro calor.
[Marilda Amaral]


sexta-feira, 29 de abril de 2011

amor....




Entre as garras e os açoites
Ficam os desejos escondidos,
Sem saber que entre eles
Há o carinho perdido...
É complacente a indulgência
De ter-te bem vivido
Saboreando com freqüência,
Este amor aturdido!
[Marilda Amaral]

Mil portas...



Em tantas portas bati
No decorrer do meu viver
Em nenhuma eu menti
Expondo o meu sofrer.
A caminhada deu em ti
Minha porta do padecer,
Não nego que sofri
Agora só resta morrer.
[Marilda Amaral] 

MULHER...


Que vive fazendo de conta,
Buscando as tontas
O desvelo de alguém inerte
Na ante-sala da vida,
Olhando furtivamente
A porta que dá para saída...
E eu entre a vontade de ir,
E o desejo de ficar
Torno-me incoerente,
Torno-me confidente
E enfim noto que de guerreira,
Só tenho a coragem,
Porque as vitórias são apenas
Investidas, meras bobagens!!!!
[Marilda Amaral].


BRINDE....




Num brindar mudo de sensuais taças
Está aprisionado meu coração barulhento,
Que entre batidas firmes cadencia o amor
Que por ti nutre,
Oh.... Querido meu,
Que de tão longe meu amor despe,
Que tão perto meu ciúme padece,
Que de tão real você esquece!
Mas enfim....
Eu te amo!
[Marilda Amaral] 

Sou eu mesma...





Sou eu que chego tão sem cerimônia
Desfazendo as malas da viajem tão longa,
Que fiz ao fundo do teu coração.
Quanta mágoa encontrei,
Esbarrei no alagado da indiferença
Quase me afoguei tentando a travessia.
Oh... Amor meu matei minha sede,
Na cacimba rasa do amor pouco.
Vi que sou apenas visitante indiscreta
De lugar tão lindo, tão cheio de poesia,
Local de posseira documentada, de alma pura,
Mas vi que também sou dona de poderoso dom,
O dom da sapiência que adquiri no longo dos meus dias.
Oh... Quão poderosa é minha vontade,
Que desfaz facilmente todo o peso da idade
E me torna a mulher farta de amores
De terras longe, bem longe das tuas.
[Marilda Amaral]