sábado, 7 de janeiro de 2012

Sou Ilha...

Sou ilha que isolada
Em mar bravio
Busca compensação
Pelo desgaste das vagas,
Que indolentes assolam
Os paredões da velha ínsula.
Sou íngreme centro da abundância
Indolente de mar cruel.
Não temo as arestas
Que ele tenta esculpir
Em meu sinuoso perímetro,
Pois sem sucesso ele escoa
Sem fazer cantos
Onde a tristeza se esconde
E a maldade faz açoite.
E eu me levanto na vastidão
Do mar chamado solidão
E sobrevivo no potencial
Que desenvolvi pela beleza de saber viver.
[Marilda Amaral]

Nenhum comentário:

Postar um comentário